Uma das hortaliças mais consumidas no mundo, o tomate previne doenças crônicas, cardiovasculares e é um potente antioxidante

Um pouco de história

Apesar de ser sempre associado à cozinha italiana, o tomate já era consumido nas civilizações incas, maias e astecas.

A origem do tomate ainda é controversa entre os estudiosos do assunto. Alguns botânicos atribuem a origem do cultivo e consumo do tomate como alimento, à civilização Inca do antigo Peru, por ainda persistir naquela região, uma grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas apenas ali conhecidas. Outros, entretanto, acreditam que o tomate seja originário do atual México, pelo nome pertencer tipicamente à maioria das línguas locais (Náuatles).

Foi a partir do México que o tomate foi introduzido na Europa em meados do século XVI. As primeiras espécies de tomates foram batizadas de pomodoro pelos italianos pois eram amarelas, parecendo “maçãs douradas”. Os primeiros registros da espécie vermelha deste fruto na Europa tem como data o ano de 1554. A cultura foi rapidamente adotada em Itália, França e Espanha, enquanto no resto da Europa, as primeiras plantas eram consideradas venenosas e eram utilizadas apenas como ornamentais.

No Brasil, grande parte da concentração italiana chegou ao início do século XX, o que pode explicar a vinda do tomate ao país.

Dados da Economia / Colheita

A produção agrícola brasileira do tomate é bastante desenvolvida, tendo maior importância na economia do Sudeste e Centro Oeste. A produção anual é estimada em 3 milhões de toneladas, sendo 77% para o consumo em natura e o restante para produção de polpa. A maior oferta ocorre entre julho e outubro.

A colheita é feita predominantemente de maneira manual. Os frutos são colocados em cestas e transportados para caixas plásticas nos galpões. Como são produtos sensíveis, é preciso ter cuidado para que não sejam danificados durante o armazenamento e transporte.

Características / Variedades

Apesar da crença de que seja um legume, o tomate é um fruto, ou seja, o produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor. Os frutos do tomate podem ser divididos em quatro grupos, segundo suas características de formato, coloração, durabilidade e apresentação.

Os tomates podem ser divididos de acordo com seu formato e sua finalidade de uso:

Saladete, de formato redondo, mais utilizado em saladas. Apesar de ser muito saboroso, por conter menos água, não é indicado para molhos.

Caqui, de formato redondo, utilizado em saladas e lanches. Considerado um dos tipos mais saborosos, sua polpa é bem grossa e pode ser vendido verde ou quase maduro. Tem sabor mais forte e coloração bem avermelhada.

Santa Cruz, de formato oblongo, tradicional na culinária, utilizado em saladas e molhos.

Italiano, de formato oblongo, tipicamente alongado, é utilizado principalmente para molhos, podendo fazer parte das saladas. Tem sabor adocicado, mais polpa e são menos ácidos.

Cereja, de tamanho pequeno, redondo ou oblongo, utilizado como aperitivo ou em saladas. É reconhecido pelo excelente sabor e atrativa coloração vermelha e uniforme que lembra uma cereja, sendo muito utilizado na ornamentação de pratos. O Tomate Sweet grape é uma variação do tomate cereja e tem sabor bastante adocicado.

Quanto à coloração, hoje existe à disposição dos consumidores os tomates vermelhos, rosados, amarelos e laranjas. Sendo que estes dois últimos não são comuns no Brasil.

A durabilidade do tomate é avaliada depois de colhido, em condições normais de conservação. Dessa forma, encontramos:

- Tomates longa vida: vida pós-colheita mais prolongada, permanecendo firmes por um período maior de tempo. Ex.: Cereja, Caqui, Italiano.

- Tomate normal: menor vida útil, mas são mais saborosos que os tomates longa vida. Ex.: Carmem, Santa Cruz.

Os tomates podem ser apresentados da forma normal ou em penca (rácimo).

Benefícios Nutricionais

O tomate é composto principalmente de água, possuindo aproximadamente 14 Kcal em 100 gramas. É recomendado pelos nutricionistas por seu sumo conter uma mistura de potentes antioxidantes.

O tomate é boa fonte das vitaminas A, B e C, e de sais minerais como Fósforo, Ferro, Potássio e Magnésio. A vitamina A é indispensável para a normalidade da vista, mucosas e pele, auxilia o crescimento e evita infecções. As vitaminas do Complexo B ajudam na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, tonificam o músculo cardíaco, colaboram para a pele e para o crescimento. Já a vitamina C, principal componente do tomate, dá resistência aos vasos sanguíneos, vitalidade às gengivas, evita a fragilidade dos ossos e má formação dos dentes, contribuindo no combate a infecções e cicatrização de ferimentos.

O tomate é excelente vigorizador do organismo, purificador do sangue, combate doenças do fígado, o desgaste mental, perturbações digestivas e pulmonares, sendo contra-indicado para pessoas que sofram de fermentações gástricas e acidez no estômago.

O suco de tomate puro servido com salsa ajuda a dissolver cálculos renais e, na luta contra infecções em geral, exerce efeito antisséptico no corpo, neutralizando resíduos ácidos.

A pele por sua vez, contém celulose que dá consistência aos alimentos. De ação desintoxicante e regeneradora dos tecidos, o seu suco fresco e natural, ingerido imediatamente depois de preparado, para que as vitaminas não se enfraqueçam, auxilia na terapia das inflamações e de certos distúrbios cardíacos produzidos pelo espessamento do sangue.

Como comprar e conservar

A cor, a firmeza e a sanidade são as características mais importantes na hora da compra. Os frutos devem estar mudando do verde para o maduro, para conservá-los em casa por mais tempo. Evite comprar os frutos totalmente verdes, com furos, manchas ou ferimentos.

Os tomates se conservam bem fora da geladeira por poucos dias. Tomates vermelhos se estragam rapidamente por isso, se não forem consumidos logo, devem ser colocados na geladeira, na parte inferior, dentro de sacos de plástico perfurados.

Tomates devem ser mantidos em ambiente natural até o completo amadurecimento. O tomate cru (inteiro ou picado) não deve ser congelado. Somente o molho de tomate pode receber este tratamento.

Para facilitar a retirada da pele ou casca do tomate, espete-o com um garfo e leve-o ao fogo. Mantenha-o a certa distância para não queimá-lo e vá virando o fruto lentamente até começar a soltar a casca.

Se o tomate estiver mole, deixe-o de molho em água fria ou gelada por 15 minutos. Ele ficará mais firme e mais fácil de ser cortado.

Fonte:

http://www.qualidadedesdeaorigem.com.br/e-tempo-de/tomate-2/

http://www.portalsaofrancisco.com.br

http://www.cnph.embrapa.br

http://scienceblogs.com.br

http://www.feagri.unicamp.br